sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Inquérito sobre as ilhas Madeira e Açores


Foi efetuado um inquérito a 40 indivíduos para avaliar o conhecimento sobre as ilhas da Madeira e Açores.

Os resultados obtidos foram:

              *57% dos indivíduos responderam certo, 43% responderam errado.





 
*80% dos indivíduos responderam correto, 20% responderam errado

 



65% dos individuos responderam certo, 35% responderam errado.
 
 
 
 
 
*92% dos individuos responderam correto, 8% responderam errado.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Cozido das furnas - Ilha de São Miguel Onde se confeciona.


Cozido nas caldeiras naturais da Lagoa das Furnas, é um dos pratos mais emblemáticos da ilha. Os vários ingredientes são colocados numa panela, que é enterrada no solo junto às caldeiras, levando cerca de cinco horas a serem cozinhados pelo calor natural emanado da actividade vulcânica. Provar o cozido das Furnas, no próprio local, é uma experiência indispensável a quem visita a ilha.


Plantas Medicinais-Ilha da Madeira

Na ilha da Madeira existem uma diversidade de plantas com propriedades medicinais despertando o interesse a muito cientistas.
São vários os fins em que os habitantes da ilha dão às plantas, e segundo eles, a maior parte delas têm propriedades curativas, tais como alguns destes exemplos:

  • Folhas de Caule do Loureiro
São utilizadas em infusão como sudorífico e anti-catarro, em chá, é utilizado para aliviar as dores de cabeça além de ser utilizado na gastronomia como aromatizante.


  • Hortelã-de-Cabra
As folhas são bastante aromáticas o seu aroma é tão único que é difícil de definir.
Têm que ser colhidas antes da floração e servem para perfumar o lar, em infusões previne constipações e problemas respiratórios.


  • Calêndula-Hortense
É uma flor que tem propriedades anti-inflamatórias,anti-bactericida,antiviral,cicatrizante,fungicida.
É usa como cicatrizante e anti-séptico, afeções dermatólogicas (eritemas,queimaduras, dermatoses secas, feridas infectadas e acne) também é utilizada em cosméticos e emolientes.


  • Lentilha de Água
As suas folhas são utilizadas em infusões, como aperitivo e acção diurética.



  • Luvas-de-santa-Maria (Caralhotas)

Grandes flores pendentes de corola em forma de campânula, violeta, com manchas escuras no seu interior; formam um longo cacho unilateral que coroa um único caule erecto; os frutos são cápsulas ovóides negras; planta bienal peluda que forma uma roseta de grandes folhas lanceoladas e enrugadas de onde brota, no segundo ano, um pedúnculo erecto com folhas mais pequenas.
As suas propriedades medicinais servem para a insuficiência cardíaca.



  

  • Morangueiro-Bravo
Caules trepadores, herbáceos, múltiplos a partir da base, com nodos, revestidos de pêlos. Folhas alternadas, pedícioladas, trifolhiada. Fruto vermelho parecendo uma amora.
Infusão usada como remédio para a icterícia.



  • Uva-da-serra, Uveira
Arbusto meio verde ou pequena árvore, ramos jovens geralmente avermelhados, folhas tipo couro, geralmente vermelho escuras no inverno, oblongas a elípticas, agudas a acuminadas, estreitamente cuneadas na base, pubescentes somente na nervura principal por baixo; pecíolo curto, pubescente. Flores em pedícelos curvos em rácemos axilares bracteados e erectos.
O sumo é usado para tratamento de bronquites e resfriados, também para aliviar a tosse e desinteria. A fruta é exportada para produção comercial de algumas especialidades oftálmicas.




  • Manjerona-inglesa, Manjorana, Orégãos

É muito cultivada em jardins como planta aromática para culinária. Tem brácteas pequenas, acinzentadas, peludas, e cálices com um lábio.
Usada para tratamentos de asma, bronquites, indigestão, dores estomacais, reumatismo, dor de cabeça, ansiedade, insónia, hipertensão. Anti-séptico, urinário. Usada externamente nas feridas e erupções herpéticas, para facilitar a cicatrização. O óleo essencial é usado nas dores musculares e em inflamações osteoarticulares. Usada como repelente de insectos. Analgésica, Anti-espasmódica, Antiséptica, Cicatrizante, Digestiva, Hipotensora, Sedativa.

  • Macela
Planta perene de 50 cm, erecta, herbácea, excepto na base, que é lenhosa. Pode ter folhas na base (folhas basais), as restantes são alternas, serradas ou duplamente serradas, sésseis, verticais mostrando a página inferior. Flores amarelas, pequenas, com lígulas amarelas, que formam pequenos capítulos heterógamos.
A infusão é usada como aperitivo, externamente aplicada na calvície e conjuntivites. Também é usada na falta de apetite, e como tónico.


Águas Termais- S. Miguel- Açores

Na Ilha de S. Miguel, nos Açores existem dois lugares magníficos para desfrutar de águas termais.


O Parque Natural Terra Nostra, com o maravilhoso Jardim Botânico, aberto ao público, que nos leva a banhos num excelente tanque de água quente, que é alimentado por uma fonte onde as temperaturas variam entre os 35ºC e os 40ºC, com águas ricas em minerais.





















Poça da Dona Beija

Na Poça da D. Beija, situada nas Furnas, podemos desfrutar de uns magníficos banhos de águas quentes, estas águas provêem de uma fonte de água quente com temperatura de 30ºC, onde a nascente se  localiza numa gruta vulcânica, situada no local, água essa dirigida para três piscinas com diferentes temperaturas para a preferência de cada visitante.
Estas águas têm efeitos benéficos para a pele e a lama rica em ferro é bastante utilizada em tratamentos faciais.



sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Águas dos Açores-Ilha S. Miguel

Fonte





 




Com a abundância de água foram construídas fontes públicas para uso doméstico e de cultivo.
Devido à sua geologia, os solos dos Açores apresentam uma grande capacidade de retenção de água, formando duas formas de existência de água, superficiais e subterrâneas.


Glori Patri 

É uma água lisa de mineralização débil, com pH de 7,2, capturada e engarrafada na Ilha vulcânica de S. Miguel, no Arquipélago dos Açores, conhecem-se as suas propriedades desde o descobrimento do Arquipélago.


Magnificat

É uma água com um gás suave encontrada no interior rochoso, da Ilha de S. Miguel, "A Magnificat" é uma das melhores águas gaseificadas do mundo.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Bebidas tradicionais da Madeira


Poncha
A Poncha é uma bebida tradicional desta Ilha, conhecida como “Viagra da Madeira”, é produzida com aguardente de cana branca, sumo de limão e mel de cana.
É habitualmente tomada nas manhã de Inverno, ou em especial na Época Natalícia, existe também com sabores de tangerina e maracujá.

 O Vinho da Madeira

O vinho da Madeira é uma bebida muito apreciada e um dos principais meios de riqueza desta ilha.  Sendo produzido nesta ilha por ordem de Afonso Henriques, descendente de D. Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal, onde a primeira casta produzida na Madeira foi a Malvasia vinda da ilha Grega Cândia , sendo a primeira exportação para a Europa. O vinho da Madeira ganhou reputação Mundial e foi considerado "O vinho mais caro e apreciado do mundo". O solo e o clima ameno contribui para um excelente cultivo das videiras oferecendo-lhes características únicas. A existência de mais de trinta castas diferentes torna Malvasia,Verdelho, Boal, Sercial as mais nobres cultivadas no sul da ilha e Porto Santo.

A Coral

A Coral é uma cerveja branca produzida na Madeira, conhecida por ”Pequena da Madeira”, feita a partir dos melhores maltes, fermentada e amadurecida a baixas temperaturas. Tendo características próprias e obedecendo a condições específicas e ao controlo rigoroso na sua produção, com uma cor dourada, um bom paladar suave e aromático. Uma bebida que mata a sede e é consumida por prazer devido à sua leveza.
Ideal também para acompanhar pratos como o marisco e o peixe. 

Receitas da Ilha da Madeira


     Cozido à Madeirense


Ingredientes:
Para 6 pessoas

  • 1 kg de carne de porco magra salgada ;
  • 4 batatas-doces ;
  • 4 batatas ;
  • 4 nabos ;
  • 4 cenouras ;
  • 1 couve coração-de-boi ;
  • 1 abóbora verde  (abóbora que não cresceu) ;
  • 200 g de cuscuz ;
  • 1 ramo de tomilho
Confecção:
Lava-se a carne e coze-se em água. Quando a carne estiver quase cozida, juntam-se-lhe todos os legumes inteiros e lavados. À couve devem retirar-se as folhas exteriores mais rijas. Junta-se ainda um ramo de tomilho.
À medida que os legumes cozem, vão-se retirando do caldo.
Molha-se o cuscuz com um pouco de água e coloca-se na parte funda do cuscuzeiro.
Logo que a carne e todos os legumes estiverem cozidos (estes já retirados da panela) coloca-se o cuscuzeiro sobre a panela para que o cuscuz seja cozido a vapor. Para evitar que o vapor se escape, coloca-se um pano na borda da panela entre esta e o cuscuzeiro.
Depois de tudo pronto, volta a introduzir-se no caldo (salvo o cuscuz), para que o cozido seja servido bem quente.

O cuscuzeiro é hoje substituído pela bola do arroz. Neste caso, a bola com o cuscuz é introduzida no caldo onde o cozido coze. Introduz-se nos últimos 10 minutos. O cuscuz, que outrora era preparado pelos próprios, vende-se agora nas mercearias pronto a utilizar.
Quando preparam em casa o cuscuz (granulado), para saberem se a água do cuscuzeiro não se evaporou toda e para evitar perder o vapor fazem a verificação deitando algumas pedrinhas ou conchas de lapas ou de berbigão no fundo do cuscuzeiro. Se sobre o lume, ao ferver, não telintarem, é sinal de que a água se esgotou, pelo que se torna necessário juntar mais.

Espetadas em pau de loureiro



 ingredientes:

1 kg de carne do lombo, vazia, pojadouro ou alcatra
2 dentes de alho
Sal grosso q.b.
Paus de louro
100 g de manteiga

 preparação:

1-      Corte a carne em pedaços, tempere-os com os dentes de alho esmagados e sal grosso, esfregando-os bem.
2- Corte paus de louro à medida e lave-os muito bem. Espete-lhes os pedaços de carne (cerca de 250 g por pessoa), sem os encostar completamente uns aos outros.
3- Grelhe as espetadas em lume de carvão, sem fumo, não deixando secar muito. Coloque sobre a carne, ainda quente, pedacinhos de manteiga.
4- Sirva as espetadas acompanhadas de milho frito e batata-doce assada ou, se preferir, com batatas fritas.

 

Bolo de Mel da Madeira



Ingredientes:



  • 2,5 kg de farinha ;
  • 1 kg de açúcar ;
  • 750 g de banha ;
  • 500 g de manteiga ;
  • 25 g de erva doce ;
  • 50 g de canela ;
  • 12 g de cravinho-da-índia ;
  • 12 g de cravo-de-acha ;
  • 1 colher de chá de mistura de especiarias ;
  • 2 kg de nozes (com a casca) ;
  • 250 g de miolo de amêndoa ;
  • 50 g de cidrão ;
  • 5 colheres de sopa de bicarbonato de sódio ;
  • 250 g de pão de massa ;
  • 1,8 litro de mel de cana (cerca de 2 garrafas e meia de melaço) ;
  • 1 cálice de vinho da Madeira ;
  • 4 laranjas

Confecção:
Na véspera do dia em que se vai preparar o bolo, compra-se o pão em massa no padeiro ou prepara-se o fermento com 250 g de farinha, 1 dl de água tépida e 10 g de fermento de padeiro. Envolve-se o pão (ou o fermento) num guardanapo depois de passado por farinha e deixa-se ficar em sítio quente de um dia para o outro.
No dia seguinte, peneiram-se as especiarias previamente pisadas; cortam-se as amêndoas, as nozes e o cidrão em bocados; dissolve-se o bicarbonato no vinho da Madeira; derretem-se as gorduras no mel quente; raspa-se a casca das laranjas e espreme-se o sumo.
Peneira-se a farinha e o açúcar para dentro de um alguidar grande, faz-se uma cova ao meio e deita-se aí a massa de fermento; depois vai-se «apagando» o fermento com a farinha, amassando. Quando a farinha e o fermento estiverem bem misturados, começa-se a juntar a farinha e o fermento, quando estiverem bem misturados, começa-se a juntar o mel, apenas morno (juntamente com as gorduras) e vai-se amassando.
Depois de se ter adicionado todo o mel, juntam-se os frutos preparados, o vinho da Madeira com o bicarbonato, o sumo e a raspa das laranjas e as especiarias. Amassa-se até a massa se desprender do alguidar. Abafa-se com um pano e um cobertor e deixa-se levedar em sítio morno, a uma temperatura sempre igual, durante 3 a 4 dias. Depois divide-se a massa em porções de 250, 500 ou 750 g conforme o tamanho dos bolos. Deitam-se estas porções de massa em formas redondas, direitas e baixas e muito bem untadas e leva-se a cozer em forno bem quente, depois de se ter enfeitado a superfície com meias nozes, ou amêndoas ou bocados de cidrão.
Querendo, pode-se reduzir a quantidade de nozes ou de outros ingredientes caros; nesse caso aumentam-se as especiarias dando lugar a outro tipo de bolo, o bolo podre. Os primeiros são mais saborosos e os segundos mais apimentados. Depois de cozidos e frios, embrulham-se em papel vegetal ou celofane e guardam-se em caixas. Estes bolos podem conservar-se durante um ano inteiro.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Anedotas

1

Uma senhora foi para a maternidade para ter dois bebés, um rapaz e uma rapariga, gémeos. Em homenagem à sua terra, decide chamar a menina de Madeira e o menino de João Jardim. O Dr. Alberto João Jardim, ao saber da notícia, foi visitar a mãe e os bebés. Ao chegar, a Sra. estava a amamentar o menino e o Sr. Jardim tenta agradecer pela linda ideia dos nomes. A Sra. interrompe-o e diz baixinho: Chiiiiuuuu se a Madeira acorda o João Jardim não mama mais!

2

Diz um filho madeirense à sua mãe:
- Ó môãe, o puai diz que quer a côana.
- Vai dezê ó teü puai qu'hoje nuão pôsso... estôu com dôures de cabuêça.
- Ó puai, a môãe môanda dezê que nuão pôde... tá com dôures de cabuêça.
- Vai dezê à tüa môãe que nuão ê essa côana... ê a côana de puêsca
!

3
Alberto João Jardim morreu. Houve uma reunião no Funchal para decidir onde ele seria enterrado. Um secretário regional sugeriu:
- Deve ser enterrado no Funchal. Afinal, esta é a sua cidade natal.
Então, um bêbado, que não se sabe como entrou na reunião, disse com aquela entoação típica dos bêbados:
- No Funchal pode... Só não pode em Jerusalém!!!
Como estava bêbado, ninguém ligou nenhum ao que ele disse.
Um segundo secretário regional disse:
- Acho que deve ser no Funchal, mas na freguesia de São Pedro onde ele viveu e fez sua carreira política.
O bêbado mais uma vez interveio:
- Em São Pedro pode... Só não pode em Jerusalém!! !
Novamente, ninguém lhe deu ouvidos.
Um terceiro secretário regional finalmente sugeriu:
- Funchal, não! Deve ser enterrado em Lisboa, pois era Presidente de um Governo Regional e todos os presidentes devem ser enterrados na Capital!
E o bêbado novamente:
- Em Lisboa pode... Só não pode em Jerusalém!!!
Perderam a paciência com o gajo:
- Por que razão tem medo que o Alberto João seja enterrado em Jerusalém?
E o bêbado respondeu:
- Porque uma vez enterraram um gajo importante lá, e ele RESSUSCITOU!!!

4

Na Madeira, chega um menino à beira da professora e diz:
- Sra. Professora, a minha coelha teve cinco coelhinhos e são todos PSD!
- Muito bem! Olha, amanhã vem cá o Sr. Alberto João Jardim e tu contas-lhe essa história. Está bem?
- Está bem! - Responde o menino.
No dia seguinte, o Alberto João Jardim vai visitar a escola e, como combinado, a professora chama o menino. O menino dirige-se à beira do presidente e diz:
- Sr. Presidente, a minha coelha teve cinco coelhinhos e dois são do PSD!
- Então, - diz intrigada a professora - não eram os cinco?
- Eram, ...mas três já abriram os olhos!

 5

Um homem caminhava pela praia de Cascais e tropeçou numa velha lâmpada. Pegou nela, esfregou-a e... um génio saltou lá de dentro, que disse: "OK! Libertaste-me da lâmpada, blá, blá, blá! Esquece aquela história dos 3 desejos! Tens direito a um desejo apenas e ponto final!"
O homem disse:
- Eu sempre quis ir à Ilha da Madeira mas tenho um medo enorme de
voar... e no mar costumo ficar enjoado. Podes construir uma ponte até
à Madeira para eu poder ir de carro?
O génio riu muito e disse:
- Impossível! Pensa na logística do assunto. Como é que os pilares chegavam ao fundo do Oceano Atlântico? Pensa em quanto betão armado, em quanto aço, em quanta mão de obra... Não, de maneira nenhuma! Pensa noutro desejo...
O homem compreendeu e tentou pensar num desejo realmente possível.
- Fui casado e divorciado 4 vezes. As minhas mulheres disseram sempre que eu não me importava com elas e que era um insensível. Então, é meu desejo compreender as mulheres; saber como se sentem por dentro e o que estão a pensar quando não falam connosco; saber porque estão a chorar... Saber realmente o que querem quando não dizem nada... saber como faze-las realmente felizes!
Então aí o génio respondeu:
- OK, esquece! Queres a merda da ponte com três ou quatro faixas?
     

Lendas da Madeira

 AS FURNAS DO CAVALUM

 Para muitos o receio ainda permanece…
As Furnas do Cavalum, na vila de Machico, não passam de umas grandes grutas escavadas na rocha de basalto que o povo diz serem a morada de um monstro.
Cavalum é um diabo em forma de cavalo, com asas de morcego, que deita fogo pelas narinas. Diz a lenda, que nos tempos em que o Cavalum andava à solta, foi bater à porta da igreja para falar com Deus. Disse-lhe que queria destruir toda a povoação e desafiou-o a impedi-lo. Deus mandou-o embora dizendo que não tinha paciência para tais brincadeiras. Então, Cavalum reuniu o vento e as nuvens e provocou uma grande tempestade sobre a povoação.
Do outro lado da montanha, o Cavalum manifestava enorme satisfação perante a aflição dos habitantes. Deus não mexeu um único dedo, pensando que o Cavalum depressa se cansaria da brincadeira. O certo é que segundo a lenda a tempestade agravou-se, arrasando casas e campos.
Até mesmo o crucifixo da igreja foi pelos ares até ao mar. Irritado com a insistência do Cavalum, Deus resolveu agir.
Primeiro, fez com que um barco achasse o crucifixo. Depois, chamou o sol para afastar a tempestade.
Para não ser mais incomodado pelo monstro, Deus decidiu prender o Cavalum nas grutas, onde ainda hoje de vez em quando se ouvem os seus protestos.


LENDA DE MACHIM

Diz a lenda que, entre o final do século XIV e o início do século XV, Roberto Machim, um inglês de classe-média, apaixonou-se por Ana D'Arfet, uma linda rapariga de classe-alta da aristocracia. A família dela tinha o seu orgulho e eram contra que este romance continuasse.
Assim sendo, forçaram-na a casar com um nobre de classe-alta, de quem esta não gostava, e mandaram ao Rei uma fiança para manter Machim preso até o casamento se realizar. Ana casou com o nobre e foi levada para um castelo em Bristol. Machim com a ajuda de alguns amigos, foi até Bristol, mandando um dos seus companheiros entrar no castelo para dizer a Ana que Roberto continuava a amá-la, assim como tinha um plano para fugirem.
Assim, deixaram Bristol em direcção a França. Mas uma forte tempestade arrastou-os para o oceno, afastando-os de França. No 14º dia eles chegaram à Ilha da Madeira, onde desembarcaram numa linda baía (Machico). Ana estava doente, morrendo nos braços do seu amado e enterrada por baixo de uma grande e linda árvore, onde foi colocada uma cruz de madeira de cedro.
Machim morreu alguns dias depois, sendo enterrado na mesma sepultura da sua amada. Uma inscrição foi deixada perto, ditada por Machim, contando a triste história e pedindo que se algum futuro colonizador ali chegasse, que construísse uma igreja naquele local, hoje essa edificação é conhecida como a "Capela do Senhor dos Milagres".

O MILAGRE DA SENHORA DO MONTE

Nos primeiros tempos da colonização da ilha da Madeira, havia uma ribeira de água límpida e abundante que encantou os portugueses que lá chegaram. Mas um dia um senhor poderoso resolveu ter aquela água só para si e canalizou a fonte para as suas terras. A população desesperada, porque aquela água era imprescindível à sua sobrevivência, resolveu fazer uma procissão à Senhora do Monte, implorando para que a água voltasse a brotar naquela fonte. O milagre aconteceu e a água encheu de novo a fonte, mas em quantidade menor do que no início. O povo utilizou então em seu benefício a ideia do desvio da água e, construindo regos ou cales, levaram a água mais longe, tornando férteis muitos campos e quintas. A ribeira ficou a ser conhecida como a ribeira de Cales e o milagre da Senhora do Monte ficou para sempre na memória popular.

DANÇAS TÍPICAS




Chama-rita - esta é uma das danças mais conhecidas, própria da Madeira e dos Açores, mas também é dançada nas festas de Nossa Senhora da Penha, no Rio de Janeiro, com o nome de "reinal de chamarrita". Enquanto nos Açores e no Brasil se dança aos pares, na Madeira a "chama-rita" é dançada individualmente, estando os elementos da dança dispostos em filas e andando uns atrás dos outros em passo lento.

Charamba - serviu de base a muitas das chamadas cantigas madeirenses do trigo, da erva e da carga. Existem três espécies de charamba:
 - clássico: é a mais antiga e não tem muito ritmo;
 - "dos velhos": tem um andamento lento e é dançado pelas pessoas mais idosas;
- "charamba pelo meio" – tem um andamento mais vivo e é o dançado dos mais jovens.

 Como exemplificação, deixamos aqui alguns versos de charamba: 


"O charamba foi às lapas
E a mulher aos caranguejos;
As filhas ficam em casa
Dando abraços e beijos"
"As meninas da Camacha,
Quando não têm que comer,
Vão à serra apanhar lenha,
P’rá cidade vir vender
As meninas da Camacha,
Não comem senão feijão,
Para ajuntarem dinheiro
Para saias de balão." 


Mourisca: quer por via directa de Marrocos (através dos escravos levados para a ilha), quer por via indirecta do continente, a Madeira teve a sua Mourisca. Nas noites de Machico e Funchal, era permitida uma certa "liberdade" aos escravos e assim, os seus cantares passaram para as damas e senhores, generalizando-se assim a Mourisca.

Bailinho das Camacheiras: este bailinho é obrigatório nas festas e romarias de Verão. Neste tipo de baile, há ritmos alegres e rodopio, o que já o levou a ser considerado como proveniente da colonização algarvia na Madeira. O grupo de folclore da Camacha é um ex-líbris turístico e representa a Madeira em vários países.

Os vimes da Madeira




Os vimes

 Foram uma das principais indústrias da Madeira. A feitura de cestos para as vindimas ou para outras utilizações, foi muito desenvolvida na ilha. A par dos cestos, existem ainda peças de mobiliário (cadeiras, canapés e mesas). Mas é com os “Carros do Monte” que se assume a sua importância. Antes de serem usados para fazer cestos ou mobiliário, os vimes são fervidos para lhes conferir elasticidade e torná-los mais fáceis de manejar. É essa fervura que lhes confere a cor acastanhada em vez do branco de origem. A maior parte da produção é exportada para a Europa e Estados Unidos.

Trajes Tradicionais da Madeira





Pensa-se que o traje tradicional da Madeira tem influências minhotas, mouriscas, africanas e da Flandres. A sua diversidade verifica-se ao nível do Traje Feminino, possuindo dezenas de variações, enquanto o traje Masculino apenas difere de duas maneiras. No Traje Feminino predomina a cor vermelha. Na ponta do Sol, as mulheres usavam capas (as casadas usavam e cor vermelha, as viúvas azuis).



Na Ribeira Brava as mulheres usavam saia preta com listas vermelhas ou pretas e amarelas, blusa branca com rendas e um lenço vermelho. Aos domingos, vestiam saia e capa de bicos de baeta azul. Era comuns as mulheres usarem a saia do avesso em casa e usa-la do lado direito quando saiam.
O vestuário era modificado conforme o estado civil. A casada usava saia e capa de cor negra, com listas vermelhas e um avental colorido.
O Traje Masculino não teve grandes mudanças. Usavam calção branco com franzido sobre o joelho (com elástico ou com cós); a camisa tinha pregas e eram  bordadas ou não.
Os homens que viviam nas Serras usavam o jaleco e calças de seriguilha castanha e um barrete de lã de ovelha. Em dias de missa, calças, colete ou casaco de seriguilha preta.

 
Os homens e as mulheres usavam botas, chamadas botachas ou bota-chã e eram fabricadas em pele de vaca curtida. A parte de cima da bota era virada para fora e descia até ao tornozelo, sendo enfeitada com uma fita vermelha. 

Ilha da Madeira





O arquipélago da Madeira é constituído por conjunto de ilhas de Portugal, situa-se no Oceano Atlântico. É composto por oito ilhas, onde as principais ilhas Madeira e Porto Santo são as únicas com habitação permanente, os principais acessos são o Aeroporto da Madeira no Funchal e o do Porto Santo. Por via marítima, o Funchal possui um porto que recebe vários navios, principalmente cruzeiros. As restantes ilhas são constituídas por reservas naturais.



Ilha da Madeira 3D.
Sendo uma ilha vulcânica, devido à sua erosão e movimentação tectónica, contribuiu para a formação das diferentes ilhas no que elas são atualmente.



Hino da Região Autónoma da Madeira

Deram frutos a fé e a firmeza
no esplendor de um cântico novo:
os Açores são a nossa certeza
de traçar a glória de um povo.
Para a frente! Em comunhão,
pela nossa autonomia.
Liberdade, justiça e razão
estão acesas no alto clarão
da bandeira que nos guia.
Para a frente! Lutar, batalhar
pelo passado imortal.
No futuro a luz semear,
de um povo triunfal.
De um destino com brio alcançado
colheremos mais frutos e flores;
porque é esse o sentido sagrado
das estrelas que coroam os Açores.
Para a frente, Açorianos!
Pela paz à terra unida.
Largos voos, com ardor, firmamos,
para que mais floresçam os ramos
da vitória merecida.
Para a frente! Lutar, batalhar
pelo passado imortal.
No futuro a luz semear,
de um povo triunfal.