sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Bebidas tradicionais da Madeira


Poncha
A Poncha é uma bebida tradicional desta Ilha, conhecida como “Viagra da Madeira”, é produzida com aguardente de cana branca, sumo de limão e mel de cana.
É habitualmente tomada nas manhã de Inverno, ou em especial na Época Natalícia, existe também com sabores de tangerina e maracujá.

 O Vinho da Madeira

O vinho da Madeira é uma bebida muito apreciada e um dos principais meios de riqueza desta ilha.  Sendo produzido nesta ilha por ordem de Afonso Henriques, descendente de D. Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal, onde a primeira casta produzida na Madeira foi a Malvasia vinda da ilha Grega Cândia , sendo a primeira exportação para a Europa. O vinho da Madeira ganhou reputação Mundial e foi considerado "O vinho mais caro e apreciado do mundo". O solo e o clima ameno contribui para um excelente cultivo das videiras oferecendo-lhes características únicas. A existência de mais de trinta castas diferentes torna Malvasia,Verdelho, Boal, Sercial as mais nobres cultivadas no sul da ilha e Porto Santo.

A Coral

A Coral é uma cerveja branca produzida na Madeira, conhecida por ”Pequena da Madeira”, feita a partir dos melhores maltes, fermentada e amadurecida a baixas temperaturas. Tendo características próprias e obedecendo a condições específicas e ao controlo rigoroso na sua produção, com uma cor dourada, um bom paladar suave e aromático. Uma bebida que mata a sede e é consumida por prazer devido à sua leveza.
Ideal também para acompanhar pratos como o marisco e o peixe. 

Receitas da Ilha da Madeira


     Cozido à Madeirense


Ingredientes:
Para 6 pessoas

  • 1 kg de carne de porco magra salgada ;
  • 4 batatas-doces ;
  • 4 batatas ;
  • 4 nabos ;
  • 4 cenouras ;
  • 1 couve coração-de-boi ;
  • 1 abóbora verde  (abóbora que não cresceu) ;
  • 200 g de cuscuz ;
  • 1 ramo de tomilho
Confecção:
Lava-se a carne e coze-se em água. Quando a carne estiver quase cozida, juntam-se-lhe todos os legumes inteiros e lavados. À couve devem retirar-se as folhas exteriores mais rijas. Junta-se ainda um ramo de tomilho.
À medida que os legumes cozem, vão-se retirando do caldo.
Molha-se o cuscuz com um pouco de água e coloca-se na parte funda do cuscuzeiro.
Logo que a carne e todos os legumes estiverem cozidos (estes já retirados da panela) coloca-se o cuscuzeiro sobre a panela para que o cuscuz seja cozido a vapor. Para evitar que o vapor se escape, coloca-se um pano na borda da panela entre esta e o cuscuzeiro.
Depois de tudo pronto, volta a introduzir-se no caldo (salvo o cuscuz), para que o cozido seja servido bem quente.

O cuscuzeiro é hoje substituído pela bola do arroz. Neste caso, a bola com o cuscuz é introduzida no caldo onde o cozido coze. Introduz-se nos últimos 10 minutos. O cuscuz, que outrora era preparado pelos próprios, vende-se agora nas mercearias pronto a utilizar.
Quando preparam em casa o cuscuz (granulado), para saberem se a água do cuscuzeiro não se evaporou toda e para evitar perder o vapor fazem a verificação deitando algumas pedrinhas ou conchas de lapas ou de berbigão no fundo do cuscuzeiro. Se sobre o lume, ao ferver, não telintarem, é sinal de que a água se esgotou, pelo que se torna necessário juntar mais.

Espetadas em pau de loureiro



 ingredientes:

1 kg de carne do lombo, vazia, pojadouro ou alcatra
2 dentes de alho
Sal grosso q.b.
Paus de louro
100 g de manteiga

 preparação:

1-      Corte a carne em pedaços, tempere-os com os dentes de alho esmagados e sal grosso, esfregando-os bem.
2- Corte paus de louro à medida e lave-os muito bem. Espete-lhes os pedaços de carne (cerca de 250 g por pessoa), sem os encostar completamente uns aos outros.
3- Grelhe as espetadas em lume de carvão, sem fumo, não deixando secar muito. Coloque sobre a carne, ainda quente, pedacinhos de manteiga.
4- Sirva as espetadas acompanhadas de milho frito e batata-doce assada ou, se preferir, com batatas fritas.

 

Bolo de Mel da Madeira



Ingredientes:



  • 2,5 kg de farinha ;
  • 1 kg de açúcar ;
  • 750 g de banha ;
  • 500 g de manteiga ;
  • 25 g de erva doce ;
  • 50 g de canela ;
  • 12 g de cravinho-da-índia ;
  • 12 g de cravo-de-acha ;
  • 1 colher de chá de mistura de especiarias ;
  • 2 kg de nozes (com a casca) ;
  • 250 g de miolo de amêndoa ;
  • 50 g de cidrão ;
  • 5 colheres de sopa de bicarbonato de sódio ;
  • 250 g de pão de massa ;
  • 1,8 litro de mel de cana (cerca de 2 garrafas e meia de melaço) ;
  • 1 cálice de vinho da Madeira ;
  • 4 laranjas

Confecção:
Na véspera do dia em que se vai preparar o bolo, compra-se o pão em massa no padeiro ou prepara-se o fermento com 250 g de farinha, 1 dl de água tépida e 10 g de fermento de padeiro. Envolve-se o pão (ou o fermento) num guardanapo depois de passado por farinha e deixa-se ficar em sítio quente de um dia para o outro.
No dia seguinte, peneiram-se as especiarias previamente pisadas; cortam-se as amêndoas, as nozes e o cidrão em bocados; dissolve-se o bicarbonato no vinho da Madeira; derretem-se as gorduras no mel quente; raspa-se a casca das laranjas e espreme-se o sumo.
Peneira-se a farinha e o açúcar para dentro de um alguidar grande, faz-se uma cova ao meio e deita-se aí a massa de fermento; depois vai-se «apagando» o fermento com a farinha, amassando. Quando a farinha e o fermento estiverem bem misturados, começa-se a juntar a farinha e o fermento, quando estiverem bem misturados, começa-se a juntar o mel, apenas morno (juntamente com as gorduras) e vai-se amassando.
Depois de se ter adicionado todo o mel, juntam-se os frutos preparados, o vinho da Madeira com o bicarbonato, o sumo e a raspa das laranjas e as especiarias. Amassa-se até a massa se desprender do alguidar. Abafa-se com um pano e um cobertor e deixa-se levedar em sítio morno, a uma temperatura sempre igual, durante 3 a 4 dias. Depois divide-se a massa em porções de 250, 500 ou 750 g conforme o tamanho dos bolos. Deitam-se estas porções de massa em formas redondas, direitas e baixas e muito bem untadas e leva-se a cozer em forno bem quente, depois de se ter enfeitado a superfície com meias nozes, ou amêndoas ou bocados de cidrão.
Querendo, pode-se reduzir a quantidade de nozes ou de outros ingredientes caros; nesse caso aumentam-se as especiarias dando lugar a outro tipo de bolo, o bolo podre. Os primeiros são mais saborosos e os segundos mais apimentados. Depois de cozidos e frios, embrulham-se em papel vegetal ou celofane e guardam-se em caixas. Estes bolos podem conservar-se durante um ano inteiro.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Anedotas

1

Uma senhora foi para a maternidade para ter dois bebés, um rapaz e uma rapariga, gémeos. Em homenagem à sua terra, decide chamar a menina de Madeira e o menino de João Jardim. O Dr. Alberto João Jardim, ao saber da notícia, foi visitar a mãe e os bebés. Ao chegar, a Sra. estava a amamentar o menino e o Sr. Jardim tenta agradecer pela linda ideia dos nomes. A Sra. interrompe-o e diz baixinho: Chiiiiuuuu se a Madeira acorda o João Jardim não mama mais!

2

Diz um filho madeirense à sua mãe:
- Ó môãe, o puai diz que quer a côana.
- Vai dezê ó teü puai qu'hoje nuão pôsso... estôu com dôures de cabuêça.
- Ó puai, a môãe môanda dezê que nuão pôde... tá com dôures de cabuêça.
- Vai dezê à tüa môãe que nuão ê essa côana... ê a côana de puêsca
!

3
Alberto João Jardim morreu. Houve uma reunião no Funchal para decidir onde ele seria enterrado. Um secretário regional sugeriu:
- Deve ser enterrado no Funchal. Afinal, esta é a sua cidade natal.
Então, um bêbado, que não se sabe como entrou na reunião, disse com aquela entoação típica dos bêbados:
- No Funchal pode... Só não pode em Jerusalém!!!
Como estava bêbado, ninguém ligou nenhum ao que ele disse.
Um segundo secretário regional disse:
- Acho que deve ser no Funchal, mas na freguesia de São Pedro onde ele viveu e fez sua carreira política.
O bêbado mais uma vez interveio:
- Em São Pedro pode... Só não pode em Jerusalém!! !
Novamente, ninguém lhe deu ouvidos.
Um terceiro secretário regional finalmente sugeriu:
- Funchal, não! Deve ser enterrado em Lisboa, pois era Presidente de um Governo Regional e todos os presidentes devem ser enterrados na Capital!
E o bêbado novamente:
- Em Lisboa pode... Só não pode em Jerusalém!!!
Perderam a paciência com o gajo:
- Por que razão tem medo que o Alberto João seja enterrado em Jerusalém?
E o bêbado respondeu:
- Porque uma vez enterraram um gajo importante lá, e ele RESSUSCITOU!!!

4

Na Madeira, chega um menino à beira da professora e diz:
- Sra. Professora, a minha coelha teve cinco coelhinhos e são todos PSD!
- Muito bem! Olha, amanhã vem cá o Sr. Alberto João Jardim e tu contas-lhe essa história. Está bem?
- Está bem! - Responde o menino.
No dia seguinte, o Alberto João Jardim vai visitar a escola e, como combinado, a professora chama o menino. O menino dirige-se à beira do presidente e diz:
- Sr. Presidente, a minha coelha teve cinco coelhinhos e dois são do PSD!
- Então, - diz intrigada a professora - não eram os cinco?
- Eram, ...mas três já abriram os olhos!

 5

Um homem caminhava pela praia de Cascais e tropeçou numa velha lâmpada. Pegou nela, esfregou-a e... um génio saltou lá de dentro, que disse: "OK! Libertaste-me da lâmpada, blá, blá, blá! Esquece aquela história dos 3 desejos! Tens direito a um desejo apenas e ponto final!"
O homem disse:
- Eu sempre quis ir à Ilha da Madeira mas tenho um medo enorme de
voar... e no mar costumo ficar enjoado. Podes construir uma ponte até
à Madeira para eu poder ir de carro?
O génio riu muito e disse:
- Impossível! Pensa na logística do assunto. Como é que os pilares chegavam ao fundo do Oceano Atlântico? Pensa em quanto betão armado, em quanto aço, em quanta mão de obra... Não, de maneira nenhuma! Pensa noutro desejo...
O homem compreendeu e tentou pensar num desejo realmente possível.
- Fui casado e divorciado 4 vezes. As minhas mulheres disseram sempre que eu não me importava com elas e que era um insensível. Então, é meu desejo compreender as mulheres; saber como se sentem por dentro e o que estão a pensar quando não falam connosco; saber porque estão a chorar... Saber realmente o que querem quando não dizem nada... saber como faze-las realmente felizes!
Então aí o génio respondeu:
- OK, esquece! Queres a merda da ponte com três ou quatro faixas?
     

Lendas da Madeira

 AS FURNAS DO CAVALUM

 Para muitos o receio ainda permanece…
As Furnas do Cavalum, na vila de Machico, não passam de umas grandes grutas escavadas na rocha de basalto que o povo diz serem a morada de um monstro.
Cavalum é um diabo em forma de cavalo, com asas de morcego, que deita fogo pelas narinas. Diz a lenda, que nos tempos em que o Cavalum andava à solta, foi bater à porta da igreja para falar com Deus. Disse-lhe que queria destruir toda a povoação e desafiou-o a impedi-lo. Deus mandou-o embora dizendo que não tinha paciência para tais brincadeiras. Então, Cavalum reuniu o vento e as nuvens e provocou uma grande tempestade sobre a povoação.
Do outro lado da montanha, o Cavalum manifestava enorme satisfação perante a aflição dos habitantes. Deus não mexeu um único dedo, pensando que o Cavalum depressa se cansaria da brincadeira. O certo é que segundo a lenda a tempestade agravou-se, arrasando casas e campos.
Até mesmo o crucifixo da igreja foi pelos ares até ao mar. Irritado com a insistência do Cavalum, Deus resolveu agir.
Primeiro, fez com que um barco achasse o crucifixo. Depois, chamou o sol para afastar a tempestade.
Para não ser mais incomodado pelo monstro, Deus decidiu prender o Cavalum nas grutas, onde ainda hoje de vez em quando se ouvem os seus protestos.


LENDA DE MACHIM

Diz a lenda que, entre o final do século XIV e o início do século XV, Roberto Machim, um inglês de classe-média, apaixonou-se por Ana D'Arfet, uma linda rapariga de classe-alta da aristocracia. A família dela tinha o seu orgulho e eram contra que este romance continuasse.
Assim sendo, forçaram-na a casar com um nobre de classe-alta, de quem esta não gostava, e mandaram ao Rei uma fiança para manter Machim preso até o casamento se realizar. Ana casou com o nobre e foi levada para um castelo em Bristol. Machim com a ajuda de alguns amigos, foi até Bristol, mandando um dos seus companheiros entrar no castelo para dizer a Ana que Roberto continuava a amá-la, assim como tinha um plano para fugirem.
Assim, deixaram Bristol em direcção a França. Mas uma forte tempestade arrastou-os para o oceno, afastando-os de França. No 14º dia eles chegaram à Ilha da Madeira, onde desembarcaram numa linda baía (Machico). Ana estava doente, morrendo nos braços do seu amado e enterrada por baixo de uma grande e linda árvore, onde foi colocada uma cruz de madeira de cedro.
Machim morreu alguns dias depois, sendo enterrado na mesma sepultura da sua amada. Uma inscrição foi deixada perto, ditada por Machim, contando a triste história e pedindo que se algum futuro colonizador ali chegasse, que construísse uma igreja naquele local, hoje essa edificação é conhecida como a "Capela do Senhor dos Milagres".

O MILAGRE DA SENHORA DO MONTE

Nos primeiros tempos da colonização da ilha da Madeira, havia uma ribeira de água límpida e abundante que encantou os portugueses que lá chegaram. Mas um dia um senhor poderoso resolveu ter aquela água só para si e canalizou a fonte para as suas terras. A população desesperada, porque aquela água era imprescindível à sua sobrevivência, resolveu fazer uma procissão à Senhora do Monte, implorando para que a água voltasse a brotar naquela fonte. O milagre aconteceu e a água encheu de novo a fonte, mas em quantidade menor do que no início. O povo utilizou então em seu benefício a ideia do desvio da água e, construindo regos ou cales, levaram a água mais longe, tornando férteis muitos campos e quintas. A ribeira ficou a ser conhecida como a ribeira de Cales e o milagre da Senhora do Monte ficou para sempre na memória popular.

DANÇAS TÍPICAS




Chama-rita - esta é uma das danças mais conhecidas, própria da Madeira e dos Açores, mas também é dançada nas festas de Nossa Senhora da Penha, no Rio de Janeiro, com o nome de "reinal de chamarrita". Enquanto nos Açores e no Brasil se dança aos pares, na Madeira a "chama-rita" é dançada individualmente, estando os elementos da dança dispostos em filas e andando uns atrás dos outros em passo lento.

Charamba - serviu de base a muitas das chamadas cantigas madeirenses do trigo, da erva e da carga. Existem três espécies de charamba:
 - clássico: é a mais antiga e não tem muito ritmo;
 - "dos velhos": tem um andamento lento e é dançado pelas pessoas mais idosas;
- "charamba pelo meio" – tem um andamento mais vivo e é o dançado dos mais jovens.

 Como exemplificação, deixamos aqui alguns versos de charamba: 


"O charamba foi às lapas
E a mulher aos caranguejos;
As filhas ficam em casa
Dando abraços e beijos"
"As meninas da Camacha,
Quando não têm que comer,
Vão à serra apanhar lenha,
P’rá cidade vir vender
As meninas da Camacha,
Não comem senão feijão,
Para ajuntarem dinheiro
Para saias de balão." 


Mourisca: quer por via directa de Marrocos (através dos escravos levados para a ilha), quer por via indirecta do continente, a Madeira teve a sua Mourisca. Nas noites de Machico e Funchal, era permitida uma certa "liberdade" aos escravos e assim, os seus cantares passaram para as damas e senhores, generalizando-se assim a Mourisca.

Bailinho das Camacheiras: este bailinho é obrigatório nas festas e romarias de Verão. Neste tipo de baile, há ritmos alegres e rodopio, o que já o levou a ser considerado como proveniente da colonização algarvia na Madeira. O grupo de folclore da Camacha é um ex-líbris turístico e representa a Madeira em vários países.

Os vimes da Madeira




Os vimes

 Foram uma das principais indústrias da Madeira. A feitura de cestos para as vindimas ou para outras utilizações, foi muito desenvolvida na ilha. A par dos cestos, existem ainda peças de mobiliário (cadeiras, canapés e mesas). Mas é com os “Carros do Monte” que se assume a sua importância. Antes de serem usados para fazer cestos ou mobiliário, os vimes são fervidos para lhes conferir elasticidade e torná-los mais fáceis de manejar. É essa fervura que lhes confere a cor acastanhada em vez do branco de origem. A maior parte da produção é exportada para a Europa e Estados Unidos.

Trajes Tradicionais da Madeira





Pensa-se que o traje tradicional da Madeira tem influências minhotas, mouriscas, africanas e da Flandres. A sua diversidade verifica-se ao nível do Traje Feminino, possuindo dezenas de variações, enquanto o traje Masculino apenas difere de duas maneiras. No Traje Feminino predomina a cor vermelha. Na ponta do Sol, as mulheres usavam capas (as casadas usavam e cor vermelha, as viúvas azuis).



Na Ribeira Brava as mulheres usavam saia preta com listas vermelhas ou pretas e amarelas, blusa branca com rendas e um lenço vermelho. Aos domingos, vestiam saia e capa de bicos de baeta azul. Era comuns as mulheres usarem a saia do avesso em casa e usa-la do lado direito quando saiam.
O vestuário era modificado conforme o estado civil. A casada usava saia e capa de cor negra, com listas vermelhas e um avental colorido.
O Traje Masculino não teve grandes mudanças. Usavam calção branco com franzido sobre o joelho (com elástico ou com cós); a camisa tinha pregas e eram  bordadas ou não.
Os homens que viviam nas Serras usavam o jaleco e calças de seriguilha castanha e um barrete de lã de ovelha. Em dias de missa, calças, colete ou casaco de seriguilha preta.

 
Os homens e as mulheres usavam botas, chamadas botachas ou bota-chã e eram fabricadas em pele de vaca curtida. A parte de cima da bota era virada para fora e descia até ao tornozelo, sendo enfeitada com uma fita vermelha. 

Ilha da Madeira





O arquipélago da Madeira é constituído por conjunto de ilhas de Portugal, situa-se no Oceano Atlântico. É composto por oito ilhas, onde as principais ilhas Madeira e Porto Santo são as únicas com habitação permanente, os principais acessos são o Aeroporto da Madeira no Funchal e o do Porto Santo. Por via marítima, o Funchal possui um porto que recebe vários navios, principalmente cruzeiros. As restantes ilhas são constituídas por reservas naturais.



Ilha da Madeira 3D.
Sendo uma ilha vulcânica, devido à sua erosão e movimentação tectónica, contribuiu para a formação das diferentes ilhas no que elas são atualmente.



Hino da Região Autónoma da Madeira

Deram frutos a fé e a firmeza
no esplendor de um cântico novo:
os Açores são a nossa certeza
de traçar a glória de um povo.
Para a frente! Em comunhão,
pela nossa autonomia.
Liberdade, justiça e razão
estão acesas no alto clarão
da bandeira que nos guia.
Para a frente! Lutar, batalhar
pelo passado imortal.
No futuro a luz semear,
de um povo triunfal.
De um destino com brio alcançado
colheremos mais frutos e flores;
porque é esse o sentido sagrado
das estrelas que coroam os Açores.
Para a frente, Açorianos!
Pela paz à terra unida.
Largos voos, com ardor, firmamos,
para que mais floresçam os ramos
da vitória merecida.
Para a frente! Lutar, batalhar
pelo passado imortal.
No futuro a luz semear,
de um povo triunfal.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Receitas dos Açores

Arroz de Polvo à Moda do Pico
Ingredientes:

1 Und. Polvo médio
1 Und. Ramo de salsa
2 Und. Dentes de alho
2 Und. Cebolas
Azeite q.b.
2 dl de vinho tinto
350 g. de arroz agulha
Sal q.b.
Pimenta q.b.

Confecção:
Depois de preparado o polvo, cortado aos pedaços leve-o a cozer, juntamente com as cebolas, a salsa e os alhos.
Quando começar a ferver, adicione o azeite, o vinho e deixe apurar durante mais 10 minutos.
Acrescente mais um pouco de água e introduza o arroz.
Tempere com sal e pimenta e deixe apurar.


Bacalhau Frito à Moda dos Açores
Peixes
Ingredientes:
400 g De bacalhau
8  Batatas
2 dl Azeite



Para o Molho:
6  Dentes alho
2  Pimentas (malagueta salgada)
1 Colher sopa de massa tomate
2 colher de sopa de vinagre
3 dl Azeite



Confecção:
Coze-se o bacalhau ou não, fritando-o depois em azeite.
Faz-se um refogado juntando o alho picado e a pimenta numa frigideira com azeite e massa de tomate.
Ainda antes de arrefecer, junta-se-lhe o vinagre. Cobre-se o bacalhau com este molho e serve-se acompanhado com as batatas e com inhame cozido.



Bananas no forno
Sobremesas

Ingredientes:

8  Bananas
2 Colheres de sopa de manteiga
1 Colher de sopa de farinha de trigo
8 Colheres de sopa de açúcar
1  Copo de leite
2 Ovos
1 Cálice de aguardente


Confecção:
Coloque num pirex untado de manteiga, as bananas partidas no sentido do comprimento, bata as gemas com 4 colheres de sopa de açúcar, acrescente o leite, juntamente com a farinha dissolvida num pouco de água e leve ao lume, mexendo sempre até engrossar, depois retire e junte a aguardente.
Derrame este creme sobre as bananas, bata as claras em castelo firme, e acrescente as outras 4 colheres de sopa de açúcar, sempre a bater, derrame as claras sobre as gemas, e leve ao forno médio até alourar.

Anedotas


Nos Açores, algumas ruas estreitas são conhecidas por canadas. Em São Jorge, subindo uma dessas canadas, circulava um homem num tractor agrícola. Subia a íngreme ladeira em marcha atrás. Ao passar por um seu conhecido, este observou:
- Então compadre, vai a subir a canada em marcha atrás?!
- Pois vou e, quando vier para baixo, venho de frente se, lá em cima, não tiver lugar para virar.
Passados alguns minutos, vem o homem no tractor, descendo a canada em marcha atrás. O amigo repara:
- Agora a descer também vem de marcha atrás?
Diz-lhe o outro:
- Afinal tinha lugar para virar.



Uma família vivia nos Açores mas também tinha membros da família em Lisboa. Certo dia o avô, que vivia nos Açores adoeceu e teve que ir de emergência para Lisboa para ser tratado, mas infelizmente não resistiu e morreu. Decidiram cremar o homem. Depois de o cremarem, mandaram as cinzas de volta para os Açores, para a terra onde ele tinha nascido e onde estava o resto da família.
Passado uns dias a família que vivia em Lisboa recebeu uma carta que dizia assim:
"A farinha que o avô nos mandou não prestava fizemos um bolo com ela e foi todo para o lixo.



 P - Por que é que os alentejanos vão passar a lua-de-mel aos Açores?
R - Lá, a terra treme...

Dicionário de Terceirense


A

Adiante - Passar à frente

Aguindar - Atirar

Alvarozes - Jardineira (do inglês "over alls")

Arrematado – Arranjado


B

Banda - Lado

Barraca - Tenda

Bezerrar - Seca

Bilhica - Pénis

Boáte - Discoteca

Boca da Canada - Início da rua

Bota - Põe

Botas de Cano – Galochas

C

Cádê... - onde está...

Cadela - Bebedeira

Caiar por dentro - Beber uns copos

Cambrela - Cambalhota

Canalha - Crianças

Candins - Rebuçados, bombons (do inglês "candies")

Carreira - Autocarro

Casa despeije - Quarto das máquinas

Cazão - Quarto das máquinas

Cerrado - Pastagem

Charlota - Charlot, Charlie Chaplin

Cismar - Teimar

Clauseta - Dispensa

C'ma dado - Como é dado, fazer uma coisa bem feita

Correr meninos - Ir a casa dos amigos no Natal comer e beber

Corsário - Pessoa ou criança com mau caractér

Cúler - Caixa Térmica

D

Descreto - Inteligente, ponderado, prudente. O contrário de tolo.

E

É homme - Espanto, chamamento, etc. (Eh Homem)

Enriçar - Armar sarilhos

Estôa - Centro Comercial

F

Falar de riz - Falar muito alto

Farelo - Serradura

Friza – Congelador

G

Gaitada - Gargalhada

Gaitadaria - Muitas gaitadas, muitas gargalhadas

Gamas - Pastilhas elásticas (do inglês "gum")

Garoto - Pessoa ou criança com mau caractér

H

Hamberga - Hambúrguer

Hatdogues - Cachorro Quente

I

Infezado – Magricela

J

Jérra Lhés - Jerry Lewis

L

Levar com a porra - Levar na cabeça, ser chamado à atenção, levar um raspanete

Loja - Quarto ou parte debaixo da casa para arrumações

M

Macaquinhos - Desenhos Animados

Mamas de Preta - Chocolates Kisses

Mapa - Esfregona

Marau - Pessoa ou criança com mau caractér

Marmita - Tupperware

Massa Sovada - Pão Doce

Matar o Bicho - Beber uma bebida alcoólica.

Meítes - Meias

Melros - Pássaro Cumum

Miolos - Migalhas

Montes – Muito

N

Naião – Gay

P

Palanque - Sítio onde as pessoas se abrigam dos Toiros

Pana - Alguidar (do inglês "pan")

Papo-seco - Carcaça

Parriba - Para Cima

Pechinchinha – Pequenina

Pisca - Pouco

Pomba - Pénis

Presa - Subida

Presada - Pessoa bem arranjada, Fina

Q

Quando sepucata - De repente

R

Recta - Via Rápida

Relva - Erva

Retoiçar - Brincar

Rôto - Rasgado

Ruim - Mau

Ruindade – Maldade

S

Samarra - Casaco

Sertã - Frigideira

Simbora - Se + Embora

Slipas - Chinelos

Suera - Camisola (do inglês "sweater")

T

Tal Disparate - Muito fixe ou Nada fixe

Tal mijeira - Piada sem piada, Muita sorte

U

Urbana – Autocarro

V

Váião - Vão

Valêta - Passeio, berma da estrada

Vela - Bebedeira

Venda - Mercearia

Vento encanado - Corrente de ar

Verbenas - Discoteca ao ar livre

Vilhão - Egoísta

Vilhoa - Feminino de Egoísta




Hino dos açores



Deram frutos a fé e a firmeza
no esplendor de um cântico novo:
os Açores são a nossa certeza
de traçar a glória de um povo.
Para a frente! Em comunhão,
pela nossa autonomia.
Liberdade, justiça e razão
estão acesas no alto clarão
da bandeira que nos guia.
Para a frente! Lutar, batalhar
pelo passado imortal.
No futuro a luz semear,
de um povo triunfal.
De um destino com brio alcançado
colheremos mais frutos e flores;
porque é esse o sentido sagrado
das estrelas que coroam os Açores.
Para a frente, Açorianos!
Pela paz à terra unida.
Largos voos, com ardor, firmamos,
para que mais floresçam os ramos
da vitória merecida.
Para a frente! Lutar, batalhar
pelo passado imortal.
No futuro a luz semear,
de um povo triunfal.

Lendas dos Açores

Lendas dos Açores


A lenda dos nove irmãos

Ameio do oceano havia um país lindo com árvores a cobrir grandes montanhas. Algumas destas eram tão grandes que pareciam chegar ao céu. Ora nesse país havia um rei que tinha nove filhos muito amigos, e um dia chamou-os e pediu-lhes que lhe dissessem que sítio preferiam, pois ele queria dar uma propriedade a cada um. Todos escolheram montanhas, mas como se entendiam bem, não houve discussões e cada um foi para um dos nove cumes montanhosos do país, tendo marcado encontro para daí a um ano.
Na véspera desse dia eles andavam tão excitados que mal conseguiram dormir. De noite ouviram um grande ruído, e viram com terror que o continente se tinha afundado, ficando à tona de água apenas os nove cumes. Agora a única maneira de comunicarem era de barco, de maneira que deitaram mãos ao trabalho.
Pouco tempo depois estavam todos a abraçar-se, pois aprenderam a viajar pelo mar, já que agora viviam cada um numa ilha, as ilhas dos Açores.


A lenda da Atlântida

Conta-se que houve em tempos um continente imenso no meio do oceano Atlântico chamado Atlântida. Era um lugar magnífico: tinha belíssimas paisagens, clima suave, grandes bosques, árvores gigantescas, planícies muito férteis, que às vezes até davam duas ou mais colheitas por ano, e animais mansos, cheios de saúde e força. Os seus habitantes eram os Atlantes, que tinham uma enorme civilização, mesmo quase perfeita e muito rica: os palácios e templos eram todos cobertos com ouro e outros metais preciosos como o marfim, a prata e o estanho. Havia jardins, ginásios, estádios... todos eles ricamente decorados, e ainda portos de grandes dimensões e muito concorridos.
As suas jóias eram feitas com um metal mais valioso que o ouro e que só eles conheciam __ o oricalco. Houve uma época em que o rei da Atlântida dominou várias ilhas em redor, uma boa parte da Europa e parte do Norte de África. Só não conquistou mais porque foi derrotado pelos gregos de Atenas.
Os deuses, vendo tanta riqueza e beleza, ficaram cheios de inveja e, por isso, desencadearam um terramoto tão violento que afundou o continente numa só noite. Mas parecia que esta terra era mesmo mágica, pois ela não se afundou por completo: os cumes das montanhas mais altas ficaram à tona da água formando nove ilhas, tão belas quanto a terra submersa __ o arquipélago dos Açores.
Alguns Atlantes sobreviveram à catástrofe fugindo a tempo e foram para todas as direcções, deixando descendentes pelos quatro cantos do mundo. São todos muito belos e inteligentes e, embora ignorem a sua origem, sentem um desejo inexplicável de voltar à sua pátria.
Há quem diga que antes da Atlântida ir ao fundo, tinham descoberto o segredo da juventude eterna, mas depois do cataclismo, os que sobreviveram esqueceram-se ou não o sabiam, e esse conhecimento ficou lá bem no fundo do mar.


O rei Branco Pardo e a Lagoa das Sete Cidades

Há muitos, muitos anos atrás, havia um reino tão grande e florescente que o seu soberano, Brancopardo, não sabia ao certo o número dos seus vassalos, dos castelos, cidades e aldeias. Era a Atlântida. Apesar desta riqueza, o rei e a rainha Branca Rosa, que tinham sido muito felizes em tempos passados, viviam então muito tristes por não terem filhos. Brancopardo tornava-se cada dia mais vingativo e tratava muito mal os seus vassalos.
Uma noite em que o rei vagueava pelos jardins do palácio com a rainha teve uma visão que lhe falou assim:
- Rei da Atlântida, venho trazer-te a alegria. Em breve serás pai de uma filha linda e virtuosa, mas para que tenha fim a tua maldade, é preciso que nem tu nem homem nenhum se aproxime da princesa. Viverá dentro dos muros de sete maravilhosas cidades que eu erguerei no mais lindo recanto do teu reino e só donzelas a servirão. Presta atenção! Se antes dos vinte anos ousares transpor as muralhas das sete cidades, serás morto e um cataclismo arrasará o teu reino.
O rei, cheio de alegria, prometeu fazer tudo o que o anjo dissera e, passados nove meses, nasceu uma linda princesinha. Sem sequer a ter visto, o rei enviou-a para as Sete Cidades, cumprindo a exigência da visão. Os anos começaram a arrastar-se lentos e dolorosos para os pais separados da filha querida. A princesa Verde-Azul, rindo e cantando pelos jardins da cidade, rodeada de um cortejo de virgens, ia crescendo formosa e boa.
Branco Pardo consumia-se de saudades, tornava-se cada vez mais colérico e a ansiedade de ver a filha chegou ao ponto de não lhe caber no peito. Mandou aprontar um exército com os seus mais valorosos guerreiros e pôs-se a caminho para as Sete Cidades.
A viagem foi longa e, à medida que se aproximavam, o céu ia enegrecendo e ruídos estranhos iam saindo da terra. Mas o rei caminhava sempre, desvairado, até que surgiram, na escuridão trágica do dia, os muros das Sete Cidades.
Branco Pardo, sombrio e perturbado, levantou a espada e com ela bateu pesadamente numa das portas. No momento em que o portão principal se abria, uma espécie de trovão roncou, um fogo intenso elevou-se da terra fendida e os muros abateram-se imediatamente sobre o rei, os seus vassalos e todas as virgens que viviam nas Sete Cidades. Um tremendo cataclismo vulcânico destruiu toda a Atlântica. Por fim veio o silêncio, o sol brilhou outra vez e no mar viam-se nove pequenas ilhas. As Sete Cidades, onde a princesa vivia, transformaram-se numa cratera coberta por duas calmas lagoas: uma é verde porque no fundo ficaram os sapatinhos verdes da princesa; a outra é azul e reflecte a cor do chapeuzinho que a princesa usava no seu passeio, quando foi morta pelo mau tino do pai, o rei da Atlântida.

A princesa e o pastor

Em época recuada, existia, no lugar onde hoje fica a freguesia das Sete Cidades, um reino próspero e aí vivia uma princesa muito jovem, bela e bondosa, que crescia cada dia em tamanho, gentileza e formosura. A princesa adorava a vida campestre e frequentemente passeava pelos campos, deliciando-se com o murmurar das ribeiras ou com a beleza verdejante dos montes e vales.
Um dia, a princesa de lindos olhos azuis, durante o seu passeio, foi dar a um prado viçoso onde pastava um rebanho. À sombra da ramagem de uma árvore deparou com o pastor de olhos verdes. Falaram dos animais e de outras coisas simples, mas belas e ficaram logo apaixonados.
Nos dias e semanas seguintes encontraram-se sempre no mesmo local, à sombra da velha árvore e o amor foi crescendo de tal forma que trocaram juras de amor eterno.
Porém, a notícia dos encontros entre a princesa e o pastor chegou ao conhecimento do rei, que desejava ver a filha casada com um dos príncipes dos reinos vizinhos e logo a proibiu de voltar a ver o pastor.
A princesa, sabendo que a palavra do rei não volta atrás, acatou a decisão, mas pediu que lhe permitisse mais um encontro com o pastor do vale. O rei acedeu ao pedido.
Encontraram-se pela última vez sob a sombra da velha árvore e falaram longamente do seu amor e da sua separação. Enquanto falavam, choravam e tanto choraram que as lágrimas dos olhos azuis da princesa foram caindo no chão e formaram uma lagoa azul. As lágrimas caídas dos olhos do pastor eram tantas e tão sentidas que formaram uma mansa lagoa de águas verdes, tão verdes como os seus olhos.
Separaram-se, mas as duas lagoas formadas por lágrimas, ficaram para sempre unidas e são chamadas de Lagoas das Sete Cidades. Uma é a Lagoa Azul, a outra é a Lagoa Verde e em dias de sol as suas cores são mais intensas e reflectem o olhar brilhante da princesa e do pastor enamorados.

A Bela Eufémia

Eufémia era uma das quinze filhas do rei Atlas e neta do Deus Júpiter. Como jovem muito boa e de beleza invulgar inspirou os mais afamados estatuários do seu tempo e enamorou os dez filhos do rei Neptuno.
Eufémia, possuindo uma grande elevação de espírito, desprezou a condição terrena que lhe ofereciam e preferiu tornar-se uma estrela da constelação das “Myades”, suas irmãs. Mesmo assim continuou a apreciar o bem e a doutrina pregada por Jesus foi-lhe transmitida por um Querubim, que lhe pôs na alma o desejo de voltar à terra para espalhar a paz e a harmonia.
O desejo de Eufémia acabou por realizar-se e veio habitar na ilha das Sete Cidades, onde foi tomada e amada como filha de um riquíssimo príncipe, mantendo-se jovem, bela e bondosa.
A presença benfazeja de Eufémia fez-se sentir logo que chegou à terra. Nos banquetes os convivas eram deliciados com música de cítaras e flautas e comiam-se as mais divinas iguarias. A partir de então o sofrimento e a miséria desapareceram dessa ilha de encanto e passou a dominar a alegria e a paz.
Num dia calmo de Outono, no dia de S. Cosme, famoso médico árabe e patrono dos médicos, Eufémia apareceu metamorfoseada numa planta. Dessa planta, que abunda nos matos da freguesia das Sete Cidades, se prepara um chá que é bálsamo para todas as dores e que tem o condão de defender as pessoas de todos os infortúnios.